“Pele”, além de ser o maior órgão do corpo humano, é o nome da mais recente criação da Cercigui que tem encontro marcado com a comunidade vimaranense no domingo, dia 01 de março pelas 17h00, no Centro Cultural Vila Flor (CCVF).
“Este projeto teve como início a ideia e o conceito dado pela Joana Antunes. A idealização de transcender o próprio significado da Pele, como representação de todo o ser humano, foi o mote de todo este trabalho”, refere o produtor João Rocha, convidado inicialmente para a composição e direção musicais, mas cujo envolvimento foi aumentando. “Fui trabalhando, descobrindo as pessoas, descobrindo-me. A equipa foi crescendo e estamos a fazer coisas maravilhosas”, acrescenta.
A Cercigui promete arrepios na “Pele” de todos aqueles que se propuserem a ver este espetáculo de arte inclusiva totalmente produzido e encenado pela instituição.
Houve quem já pudesse assistir à estreia deste espetáculo de movimento, música, vídeo e imagem, cofinanciado pelo Programa de Financiamento a Projetos do INR, no dia 03 de dezembro, Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Agora a data é outra, mas o palco é o mesmo e a Cercigui conta com a comunidade vimaranense para ocupar todos os lugares do grande auditório do CCVF para assistir a este espetáculo que se apresenta como um exemplo de inclusão dentro e fora de cena.
“É de realçar o valor de todos os elementos da CERCIGUI que trabalham para este projeto voluntariamente, com ideias, dedicação e sorriso nos olhos. Os monitores e assistentes, por exemplo, que passam todo o dia com eles são um elemento fulcral neste projeto e na vida deles. É fascinante trabalhar com quem se dedica de alma e coração ao que se propõe”, aprecia João Rocha o produtor do espetáculo.
Estamos a falar em mais de 90 pessoas em palco que incluem também os alunos de dança do Agrupamento de Escolas da Abação. A coreografia, a música e a cenografia de “Pele” foram, originalmente, criados para este espetáculo que se manifesta um exemplo de acessibilidade para diferentes perfis de público.
“Outro dos grandes propósitos deste espetáculo é levar a arte a todas as pessoas. O fator de acessibilidade nas salas de espetáculo é muito importante para nós”, antecipa João Rocha. A verdade é que este é o primeiro espetáculo do CCVF que poderá contar com informação em braille, leitura fácil em pictogramas, interpretação em Língua Gestual Portuguesa e audiodescrição.
“Vai ser uma experiência única, vão ter a oportunidade de ver o resultado da dedicação de todos envolvidos no projeto. A arte é também uma forma de comunicação, uma língua universal, é uma das pontes com muita significância que temos para podermos chegar às pessoas. O que estamos a fazer será um marco na vida dos clientes da Cercigui e de todos os intervenientes, como uma cicatriz na pele, fica para sempre. É isso que vai ser transmitido e quem for assistir com certeza também vai ficar com essa experiência”. Produtor, João Rocha
Os bilhetes têm um valor unitário de oito euros e podem ser adquiridos na Cercigui, no CCVF, na Plataforma das Artes e Criatividade, na Casa da Memória e na online. A receita da bilheteira reverte, na totalidade, a favor da Cercigui.
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