A tarde de 12 de dezembro foi dedicada ao lançamento do livro “Relatório da vida do Rémi”, um cliente da Cercigui que aos 17 anos, devido a um acidente de carro, teve um traumatismo cranioencefálico (TCE) e que, anos mais tarde, decidiu passar para o papel todos os desafios vivenciados ao longo da vida.
Mas o “Relatório da vida do Rémi”, como o próprio autor faz questão de referir, relata a respetiva vida desde que nasceu para não deixar nada de fora. É um livro escrito há sete anos e que desde essa altura permanecia na gaveta que se abriu, depois de uma pesquisa na internet à procura de uma editora que aceitasse publicá-lo.
Foi a Primeiro Capítulo que ajudou a dar forma a este livro que se pode adquirir nas plataformas digitais de venda de livros, nomeadamente na Fnac online.
O Auditório da Biblioteca Municipal Raúl Brandão encheu-se de familiares, amigos e outras pessoas, nomeadamente os elementos que integram o Fórum Municipal das Pessoas com Deficiência, estando o público em geral cheio de vontade de conhecer Rémi Esteves, ouvir da própria boca como é que este livro nasceu e de que forma poderá transformar quem o lê.
Rémi Esteves confidenciou ao Fórum Municipal das Pessoas com Deficiência que não é um leitor assíduo, tendo sido a própria biografia o primeiro e único livro que leu. “O meu livro é 100% já vivido, ou seja, nada é fruto de imaginação”.
Foi em França que Rémi deu o seu primeiro choro em 1984, já lá vão 39 anos. “Guirbaden era e é o nome do bairro no qual eu cresci, até os meus 12 anos. Foi lá que fiz grandes amizades. Graças ao Facebook reatei com uma boa parte deles”, contou acrescentando que “o criador do Facebook é um génio”.
Na apresentação decidiu usar os cinco dedos da mão para resumir o livro e a respetiva vida, conseguindo de uma forma simples apresentar as pessoas mais importantes para ele.
“A Família ocupa o polegar, porque esse é o mais robusto”, começa por explicar. “O indicador esse é ocupado por todos os fisioterapeutas e o pessoal que conheci durante a minha reeducação! E não foram poucos”, frisa. “O maior representa todos os amigos franceses porque foi aí que fiz as maiores amizades e o anelar anelar é sem a mínima dúvida preenchido por os cinco mosqueteiros (Édinho, Galinha, Bruno, Filou e eu”, continua. “O mindinho é sem pestanejar, os meus “amigões” emigrantes com quem mantemnho uma ótima relação, apesar da distância que nos separa”, termina.
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