Também para homenagear “A Esperança da Inclusão por um Futuro em Equidade”, o Fórum Municipal das Pessoas com Deficiência de Guimarães apoiou a realização, a 03 de dezembro, no Paço dos Duques de Bragança, do lançamento do livro “Cicatrizes no corpo e na Alma” de Cândida Proença com o intuito de assinalar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
A apresentação deste livro que Cândida Proença escreveu durante a pandemia, foi realizada por Luísa Oliveira, a presidente da cooperativa vimaranenses Desincoop e contou com a presença de vários elementos do Fórum Municipal das Pessoas com Deficiência de Guimarães e com o acolhimento da vereadora da ação social, Paula Oliveira que aproveitou a ocasião para reforçar a mensagem do município para assinalar este dia.
“Queremos continuar este trabalho de inclusão, de participação e de cidadania de todas as pessoas que são diferentes mas iguais em direitos. Queremos um mundo, queremos Guimarães e queremos uma comunidade em que as pessoas com deficiência tenham oportunidades iguais, tenham voz na tomada de decisões, uma participação na vida cultural, na vida politica, na vida social, em toda a sua amplitude e plenitude”, referiu Paula Oliveira.
Cândida Proença foi diagnosticada com Esclerose Múltipla em 1992 e desde 2018 enfrenta um cancro da mama. Professora de vocação, a escritora nasceu em Paris, reside agora em Coimbra, onde se licenciou em Línguas e Literaturas Modernas, e escolheu Guimarães para mais uma visita. “É uma cidade nem sempre fácil de calcorrear com uma cadeira de rodas”, assume a autora da obra apresentada. Desta vez traria uma ‘amiga’ que ia mudar bastante a experiência deste périplo e o esforço de alguns troços iria diminuir, como tinha avaliado Cândida Proença referindo-se à scooter que substituiu recentemente a cadeira de rodas manual que utilizava. “Não me deixaram entrar com ela no intercidades e por isso tive que trazer a cadeira de rodas manual. O transtorno causado por esta tomada de posição é enorme, restou-me reclamar e foi o que fiz mal cheguei a Coimbra”, refere Cândida Proença. “Sobre o evento: a palavra que escolhi para o resumir é gratidão. Foi uma honra estar num espaço cheio de história como é o Paço dos Duques, ser recebida de uma forma tão calorosa e ter tido oportunidade de testemunhar a organização de um evento tão bonito para o lançamento do meu livro. Estou de coração cheio”, referiu.
Este evento contou com o acompanhamento musical de Eduarda Azevedo, ao piano, e de Fátima Varanda, na voz, e foi também aproveitada a ocasião para cantar os parabéns à Plural&Singular, uma revista digital gerida pela associação vimaranense Palavras Infinitas – Núcleo de Inclusão, Comunicação e Media dedicada à deficiência e lançada pela primeira vez em 2012.
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