Manuel Mendes em Tóquio 2020: “Não fui eu que corri mal”

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Manuel Mendes em Tóquio 2020: “Não fui eu que corri mal”

Olhando para os números a conclusão parece óbvia: em 2016, na maratona dos Jogos Paralímpicos do Brasil o atleta vimaranense Manuel Mendes terminou a prova com o tempo de 2:49.57 minutos e arrecadou o bronze. Agora nos Jogos Paralímpicos Tóquio2020, que se realizaram de 24 de agosto a 05 de setembro de 2021, foi mais rápido, ao completar a prova em 2:45.11, mas ficou em 8.º lugar.

“Quando se ganha uma medalha a visibilidade é diferente. Este diploma saiu-me do corpo. No Brasil foi uma prova tranquila, mas agora foi mais sofrida e conquistada e, por isso, este diploma é muito importante”, compara Manuel Mendes.

A diferença na classificação, embora a prestação tenha sido melhor, deve-se ao facto de terem aparecido “uns cinco atletas com muito valor” que “nunca tinham corrido” mas que surpreenderam tudo e todos ao conquistar os lugares do pódio. “Corri mais rápido mas com adversários melhores”, resume. Segundo o atleta vimaranense as expetativas foram trocadas e mesmo o atleta australiano “candidato a ganhar”, acabou em sexto.

Consciente de que “nada se controla” e que podem acontecer muitos imprevistos, sonha em acabar a carreira nos próximos Jogos Paralímpicos que se realizam em 2024. “Tenho uma carreira com capítulos bonitos e se for possível terminar em Paris…”. Mudou de treinador e assume que esta mudança possa representar um estímulo positivo e a abertura de um novo ciclo, no entanto, está convencido que “nesta altura da carreira só a condição física pode verdadeiramente influenciar a prestação”. Alimenta a esperança que nutre este sonho mas está tranquilo se não for realizado: “Paris é perto e a família podia viajar e estar lá, tenho outros familiares que lá vivem. Gostava, mas estou tranquilo. Não cai o Carmo e a Trindade se não acontecer”, termina o atleta do Vitória Sport Clube.

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