O Programa de Ocupação de Pausas Letivas (OPL) para Alunos com Espetro de Autismo, desenvolvido este verão pela Câmara Municipal de Guimarães, em colaboração com o Agrupamento de Escolas Fernando Távora, será alargado no próximo ano letivo a outros agrupamentos do concelho.
Foram 15 os jovens que participaram no OPL que decorreu de 17 de junho a 13 de setembro e envolveu três escolas do agrupamento de referência no apoio especializado a alunos com perturbações do espectro do autismo: EB1 Motelo, EB1 Nossa Senhora da Conceição e EB23 Fernando Távora.
Este projeto, segundo informação disponível no site do município, assumiu “uma missão de inclusão educativa e social”, nomeadamente no que se refere “às formas de organização e dificuldades associadas ao ensino para crianças com necessidades especiais”.
“As crianças com espetro de autismo necessitam de um acompanhamento constante e o apoio deve estar sempre presente. Esse papel é assumido pelos pais e familiares numa interligação com a escola em contexto de ano letivo. No entanto, a responsabilidade passava a ser exclusiva da família neste período de férias e entendemos que era nosso dever fazer algo mais”, explica a vereadora da Educação, Adelina Pinto.
As soluções “para facilitar a tarefa de inclusão no apoio às crianças e, essencialmente, às respetivas famílias” implicaram uma importante relação de “confiança” estabelecida entre a escola e os pais.
“Nestes casos a exigência de acompanhamento dos alunos é elevada e mais do que ajudar as 15 crianças que se inscreveram neste programa estamos a ajudar 15 famílias”, apontou o professor e coordenador do programa, César Gomes.
As diversas atividades de verão no âmbito do OPL eram orientadas por terapeutas ocupacionais e compreendiam um horário contínuo, das 09h00 às 16h00, sendo complementado ainda com os transportes de casa para a escola e vice-versa (táxi), assim como as refeições diárias num investimento orçado em 20 mil euros.
Este programa piloto permitiu avaliar os meios e os custos envolvidos para que possa ser replicado no próximo ano e alargado a alunos com multideficiência e espetro de autismo do ensino básico que frequentam os Agrupamentos de Escolas de Abação, Fernando Távora, Caldas das Taipas, João de Meira e Francisco de Holanda.
“Estamos de consciência tranquila e todos que fizeram parte deste programa sentem-se realizados. Naturalmente, existem sempre algumas situações para aprimorar e vamos reunir com os professores, técnicos e pais para um balanço final no sentido de ver o que se pode melhorar”, rematou Adelina Pinto.
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